27 dezembro, 2012

@fortunado

Uma mulher surpreendentemente interessante invadiu minha tarde chuvosa, enquanto água descia ladeira, me dividindo em pingos sorrateiros.
Ao telefone amigos ansiosos, me fustigam digitalmente.
E tudo não passa de um lapso de vida inventada.
Afortunadamente endividado de estórias sem fim.

18 dezembro, 2012

Pneum0n1A

A pneumonia parece ter gostado da minha companhia.
Quero um divórcio amistoso.
Temo que será litigioso...
Combalido, solitário, e com febre.
Dor, e cansaço pioram a solidão dos enfermos.
A TV ameniza, vendendo, convertendo, ou anunciando o passado na falta do presente.
A fraqueza vai se fortalecendo.
Na terra do sol tudo fica branco e preto.
Carrinho de golfe da Barbie é a bola da vez...para meninas ou meninos, talvez para ambos num só.
Ontem, um garoto brinca de tiro ao alvo com rifle de gente grande.
Nova prática escolar: "bullying mortal".
A sopa chega de motoboy.
Minha cabeça ainda doi.
Medicamento, trazido de farmaboy.
Repouso.
Mudo de canal.
Senador, Deputado, Pastor ou Bispo?
Para quem foi reprovado no exame na vida.
Uma prece religiosa e aula de "reforço" espiritual...

15 dezembro, 2012

Pneum0n1a

Pneumonia em harmonia, em meio a tanta misogenia.
Sem mulher e sem folia.
E...tudo vira poesia.

15 novembro, 2012

TRANSFORMudança

Exótica, ruiva, com sardas e de maria-chiquinha, meu segundo ano escolar já me ensinava a primeira lição: paixão. No recreio a distancia compulsória entre as carteiras diminuia. Aos quatorze, já queria muito uma mulher, a mais bonita. Só acalentei o querer com o matrimonio, treze anos depois. Aos vinte e poucos bastava uma ninfomaníaca no trabalho. Aos trinta e cinco uma melancólica intelectual paralisa meu raciocínio e intercepta meu destino oficial. Aos quarenta uma boa transa é suficiente. Sem ternura. Hoje, basta um olhar, não predador, que me enxergue nesta selva social, já é pouco de paixão nesta loucura.

04 novembro, 2012

Besteiradas

Sou acordado por problemas mundanos...
A mulher feia quer atenção, e tenta atrapalhar o pedreiro que não olha para ela.
A faxineira me acusa de não prover lustra-móveis.
Um condômino quer ponderar o rateio do condomínio para quem não usa a piscina.
O balconista responde que o pão de ontem, ainda está fresco.
O porteiro abre o portão sem identificar o motivo da incursão.
Um café com sotaque parisiense é pago com o salário que desempregado não recebeu.
A moça quase bela, acredita na roupa que esta vestindo.
Eu penso estar acima destes mortais, mas definho em letargia imaginária.

Tambem acabo com formigas passeando pelos meus lábios, 
sedentos de um beijo anônimo, porém verdadeiro.
Onde fica guardada a essência das pessoas?
Quando a vida será algo alem de um boleto, de uma rotina e um amuleto ?

Uma mulher desocupada, fazendo coreografia de sobrecarregada.
O moleque pentelho é percebido pela mãe como hiperativo.
A saudade, tão doída, que parece cansaço.
Um momento, tão lento, que lembra uma foto embaçada.
Seria bom estar vivo...

02 novembro, 2012

Chore pela vida eterna

Desejos dispersos por corpos abandonados.
Desejos forjados, culpados, inventados.
Saio em busca do meu eu, mas encontro voce.
Jurado de morte, sem proteção, eu morro a cada esquina.
No conflito do homem mau que pratica o bem,
Contra o homem bom que pratica o mal,
não existe expectativa, nem vestígio de vida.
Hoje é feriado.
Uma homenagem ao finado premiado.
Liberado de estar presente agora e também nos dias futuros.
Só morto atinge o nirvana da liberdade.
Livre da escravidão cerebral.
Nem a propria, nem alheia.

Finalmente, uma famigerada enxurrada de sinapses, foi abortada pelos neuronios desligados.
Prazerosas ou desgostosas.
Morte é a natureza enganando a mente, para aliviar o coração.
Descansar para sempre, como manda a reza.
Desmorona toda aquela  organizada porção de moleculas, engendrando contra a entropia.
Aquilo que você chama de "eu" e leva o cérebro para passear, feito cão sem dono.
Finda apenas a estrutura funcional teimosa, arrogante e pseudo-pensante.
Os átomos continuam existindo para sempre, mesmo depois do defunto incinerado.
A agua evapora e vai refrescar outros corpos a esmo.
Não chore, porque nada morreu, apenas desestruturou e desaglomerou.

Morrer é estar dispensado da chatice de viver indefinidamente.
Porque ninguém suportaria a vida eterna consigo mesmo.

29 outubro, 2012

Vida falsa

A vida não passa de uma imitação barata da imaginação.
Por vezes interpretada, para uma platéia vazia.
Onde sempre a essência perambula na coxia.

09 outubro, 2012

A Gata Asteca

A gata subiu no telhado.
Evito a queda,
Demolindo a construção.
Gravidade implacável.
Acelerou meu coração.

31 agosto, 2012

ATrOPhELAÇÃO

Qualquer fingimento já é um fragmento de amor que vale a pena. 
Só finge quem ama alguém, ou a si mesmo. 
Conta ponto, no programa de milhagem da vida. 

Os ligamentos estirados me tornam ainda mais inflexivel. 
Tento correr mas vacilo, e quase um atropelamento acontece. 
Sem desculpas a motorista arruma os cabelos para tras das orelhas (bom sinal). 
O diagnóstico é feito com rapidez de especialista. 
Veloz como um guepardo, ela também indica terapia: massagem! 
Massagem? Só se for tântrica, penso sem esboçar sorriso. 
Mora perto e pode fazer na casa dela mesmo. 
Meu delirio ou a habilitação da moça estava vencida?
Piorei em segundos, para não parecer presa fácil e necessitada. 

No elevador, um vizinho nos olha, incomodado pelo silencio ensurdecedor. 
A massagem do tornozelo deriva para outros membros. 
Aceito um mimo, ofertado com lábios agradecidos pela "não" ocorrência policial. 
O porteiro me deixa sair, embora com desconfiança nordestina. 
Esboça uma pergunta, contida pelo meu olhar de reprovação. 

Deslizo quase levitando pelo quarteirão. 
Logo tenho que atravessar novamente. 
Espero o carro se aproximar com intenção de repetir tudo de novo. 
(Como se tivesse fôlego!) 
Desta vez doeu. Ele não parou! Tive que morrer ali mesmo.

20 agosto, 2012

Fugindo

Triiim, triim... Não vou atender...Ele diz que sou chata...e sou.
Triiim, triim... Crise depressiva...e daí?
Triiim, triim... Revanchismo...um pouco.
Triiim, triim... Tenho outro...é para fazer ciúme temperado.
Triiim, triim... Sexo ocasional...pretencioso!
Triiim, triim... Chilique...é chique.
Triiim, triim... Doença terminal...pode ser mental!
Triiim, triim... Valorização do passe...impasse.
Triiim, triim... Sadismo...masoquista!
Triiim, triim... Preguiça...de viver.
Triiim, triim... Medo...pode ser apenas coragem às avessas.
Triiim, tr... pausa...

Ele frustrado e vencido pelo não querer.
Ela em dúvida espera não reviver uma existencia retalhada:
-Este numero de telefone não existe, por favor verifique a vida passada, ou aguarde pela reencarnação encomendada.

01 agosto, 2012

CoRaZão

Separa razão de coração,
quem não tem razão...nem coração.

Razão existe, só para quem tem coração.

Coração é uma invenção da razão,
apenas para não dar explicação,
ao interlocutor com razão.

Meu coração é que tem razão!

26 julho, 2012

Aniversário

Hoje sou mais uma transição.
O Sol já se enfadou dos meus amanheceres.
Tenho filhos, amigos, amores, inimigos e dissabores.
Todos cúmplices em nossa tournée espacial compulsória.
Deslizamos, aprisionados nesta rocha,
uma capitania hereditária na terceira órbita solar.
Quem sabe um vôo suborbital subverta o destino.
Viajar é preciso.
Viver não é preciso.

Um presente chega em dez dias.
De para-quedas e retro-foguetes.
Aterrissando muita Curiosidade, na quarta rocha do sistema solar.

No meu corpo marcado pelas coreografias de imitação da vida,
persiste a rebeldia inquieta e arredia à mesmice do cotidiano.
Mais aprendizado.
Mais um ano.

17 julho, 2012

Fome de aprendiz

Só aprendiz,
morre faminto de felicidade.
Com tanta cidade, para ser feliz.
Sereno ao relento.
O pensamento atina por um triz.
Atento no meu alento.
Eu tento.

15 julho, 2012

Para entender o BÓSON DE HIGGS

O assunto tem sido destaque na mídia e na conversa até da molecada.
Entretanto este complexo conceito só pode ser entendido, de forma simples, através de uma interessante analogia:

Primeiro é preciso entender que o LHC-Cern não passa de uma pista de corrida de prótons com maquina fotográfica gigante (ATLAS) para registrar as inúmeras colisões caóticas.

Depois temos que nos imaginar gigantes enormes (estrelas maiores que o Sol), querendo aprender sobre um pequeníssimo objeto metálico conhecido com carro de F1.
A nosso modelo padrão seria composto de algumas peças chaves (chassi, roda, direção e motor) comprovadamente encontradas em situações de baixa energia...baixa velocidade. Entretanto uma estrela cientista chamada Kiggs propôs a existência de um elemento fundamental que da energia a todas as peças, que foi batizado de combustível de Kiggs ou partícula do demônio !!!!
Então os Estrelas-cientistas construíram uma pista de corridas para F1 e promovem colisões a cada meia hora que são fotografada e analisadas para comprovação do Modelo Padrão das Estrelas cientistas.
Comparando MILHARES de fotos vemos que a distribuição de escombros indica a existência de uma "coisa" que participa da cinética envolvida durante a colisão mas não está presente nas fotografias pós colisão, embora explique a distribuição geométricas dos escombros em relação ao centro de massa. Isto é com se houvesse uma bola de bilhar tão transparente que só podemos perceber sua existência através do desvio causado pela colisão com uma outra bola visível em movimento. 


Portanto sabemos que depois de milhares de experimentos podemos inferir com 98% de certeza que tem um pedaço do carro que é feito de um liquido transparente que não aparece nas fotografias mas que estava dentro do carro no inicio da colisão!!!
Vale a pena consultar este livro: www.atlas.ch/popupbook


07 julho, 2012

Black & White [Anderson X Sonnen]

Daqui a pouco a mais legítima expressão do cotidiano americano sobe ao ringue.
O sonho americano, branco, e semi-instruído; contra o pesadelo latino preto, educado, seguro, e maduro.
Ainda bem que a pesagem é só da massa muscular e ossadura.
Considerar o peso dos neurônios deixaria o americano na categoria peso pena.

Acho que mesmo para um eventual filho bastardo de J. Bush, que não se conforma em ser superado na Coréia, Vietnã, Camboja e Iraque, não vejo motivo para tamanha hostilidade, mesmo sendo alvo dos comentários das americanas, amigas de infância, fazendo chacota com a crença milenar sobre as dimensões do apêndice viril, que considero falsa, descabida, porém dolorida.

Criado na cultura do medo, Sonnen é um vencedor, pois ele poderia estar carregando um fuzil M-15 como franco atirador numa escola no centro-oeste americano, ou vestindo um terno num Banco usurpador.

Fora do ringue ele já perdeu, vamos ver se consegue uma vitória do lado de dentro, pega o dinheiro do prêmio e faz um implante de silicone no cérebro.

Eu, com meu pé na lama, torço para ao menos uma porrada no crânio, na área de Broca, que paralise a fala e todos saem ganhando.

Fica provado que nem sempre uma infância com tecnologia dá resultados melhores do que ser criança com pé na lama.

Às vezes o que afoga o cérebro é o excesso de bolo fecal, que sobe do intestino...


01 julho, 2012

Meia ou Inteira


Tudo indica que o meu calcanho se rendeu ao anti-inflamatório.
Volto a ser um bípede sem rumo.
Já posso correr atrás das raparigas.
Atravessar a rua entre carros descontrolados.
Um pouco de alegria, me deixa triste.
É melhor dor que sangra,
e tira o foco daquela dor mais antiga, escondida.
As vezes o coração vazio contamina a cabeça oca.
Na rotina: o emprego, a trepada, o beijo com a boca.
No hiato: fica difícil achar trabalho, vontade de beijar na boca,
e alguém para ir ao cinema sem ter que escolher o filme.
Por enquanto o viável é me engajar com um personagem do filme novo do Woody Allen.

A moça da bilheteria indaga: - Meia ou inteira?
Peço meia entrada, e logo justifico:
- Esqueci o lado esquerdo do cérebro em casa,
pois nem sempre ele é bom companheiro.
Ela sorri de forma complacente e retruca:
- Entendi, é ingresso para terceira idade.
Balanço a cabeça, esboço resposta,
e percebo que fez falta a metade esquecida.
Também faltou alguém para amparar o ego combalido.
Na próxima vez vou usar Auto-atendimento.
Escamoteia a crise de ingresso na idade preferencial.
E ainda dá tempo de tomar um Fenobarbital.

25 junho, 2012

Tempespaço

A palavra grande não cabe no olho.
Realidade imaginada.
Fragmentada pela vista.
Tempo é um pedaço.
Espaço é um laço.
Arrelia.
Arrepia.
Tempo é métrica da lembrança.
Espaço é memória no presente.
Se coubesse,
Se pudesse,
Ficava só com o presente contínuo...
Mas neste espaço, estou sem tempo.

10 junho, 2012

Missão Pet: Cachorro louco

O cachorro mudo, late sem parar.
A fala do Tufão fica entrecortada.
- Ele nunca late! retruca o reclamante,
ao porteiro hesitante.
Um pequeno inquérito predial deduz:
Ela não é a Inês, mas seguiu o mesmo destino.
A eminente situação de óbito faz alvoroço.
Nem interfone, nem celular, nem campainha
consegue ressuscitar a dona do poddle uivante.
Sargento Garcia penetra a residência pela janela.
Depois de muito silencio proclama:
- Nenhum corpo, além de um cão obcecado e
muito contente com o visitante invasor.
Ufa! exclama o zela-dor baratinado,
pensando no corpo encharcado de sangue.
Alguém, induzido pelo caso da pipoca Yoki, que estoura até seus miolos,
pede para vasculhar as malas.
Outro lembra que a derrota de 4X3 pode ter cegado temporariamente a vigilância predial,
dando por "desapercebida" uma fortuita saída.
Mas alguém lembra que ela poderia estar num andar mais abaixo "morta" de carinho nas mãos de um praticante ferrenho da política da boa vizinhança.
Enquanto descia, pelo elevador, em meio a noite silenciosa, ouço uma voz muito parecida dizendo:
- Vem, vem amor. Não fica bisbilhotando o carro da polícia no prédio, que deve ser briga de casal à toa.
Dorme, na boa, que logo eu preciso subir!!

04 junho, 2012

Relaxando

Andando parado. 
Mecanica quântica num devaneio
mesclado com muita terapia tântrica.
Que pena.
Anoiteceu, e eu ainda era dia.
Chegou a noite escura e vadia.

03 junho, 2012

Recetáculo repleto

Não me venha com mesmices.
Minha vida, acabei de inventar.

11 maio, 2012

Parceria com Revolução e-Book

Pensando e discutindo o livro digital.

14 abril, 2012

Conserto No. 1

Tão natural era a beleza  da Fabiane
que ela não percebia, nem sentia.
Pediu baixinho, para personal,
diminuir aqui, melhorar ali.
Queria sofrer ali, manter aqui.
Entretanto bastava continuar sendo,
sem mascara, meiga e natural.
Nada artificial.

A personal compartilhada,
agora conserta meu joelho,
para não deixar a alma perneta.
Obedeço feito criança.
Mudo postura e respiração.
A voz dela mansa,
vai reformando minha cervical.
Na coreografia de revitalizacão,
nenhum movimento é vão.

05 abril, 2012

Para Entender Mídias Sociais





Livro fácil de ler e bom para se posicionar frente às Mídias Sociais.
Escrevi um pouco sobre Arte e o Mundo Digital, mas existem outras 37 abordagens diferentes. Baixe GRATUITAMENTE no seu iPad.
Clique no botão acima;      Pay with a Tweet or Facebook 

30 março, 2012

Cabeça feita

Peço ao barbeiro para deixar apenas os fios pretos.
Ele arrisca a pergunta:
-Raspar careca?!?
Nem respondo, pois sinto no ar a palavra tintura.
Para retratar o vacilo e massagear meu cérebro,
a ultima edição da Playboy é colocada no meu colo,
e para dissimular o mimo vem junto um jornal diário.
Ambos fingimos que o tempo não passou. 

Depois da cabeça literalmente feita,
Perambulo pelo Shopping, envolto naquele cheiro de vida artificial.
Impressionante, como isso me animou e quase me reviveu.

Na escada rolante uma conversa entre amigas:
-Vou rezar e pedir a Deus que perdoe os pecados dele...
Sorrindo para elas, penso: quem rezaria por ela?

Na liquidação, uma maquina que lava até 10 kilos de roupa.
Exatamente o quanto preciso emagrecer!
Será que a maquina me enxugaria?
Do outro lado uma TV 3D.
Questiono a utilidade, logo esclarecida pelo vendedor, com surpresa:
-Dá para ver as coisas saltando da tela.
Eu retruco: Ahh salto !!!
Imagino o efeito 3D em noticiário econômico: Débito, Dívida e Déficit
muito convincente...
A movimentação lembra um formigueiro.
Só gente comprometendo o tempo no futuro,
um boleto, um parcelamento, um financiamento.
A felicidade parcelada com juras de fidelidade. 
Comprando o que nao vai usar,
mas que pensa precisar.
Vendendo o que nào tem,
para quem não pode pagar,
e vai presentear quem às vezes nem gosta,
que vai agradecer e não vai usar,
que vai ficar na gaveta cumprindo tabela,
na coreografia que engana quem quer viver bacana.
Sem grana.
Nem uma banana.
Neste Natal, não precisa confessar, comungar ou ver a missa do galo.
Basta prometer sozinho que nao vai repetir o inconfessável.



27 março, 2012

Deus

Existe para quem crê.
Não existe para quem não crê.
Simples assim.
Meu medo são os cruzados antagônicos:

Quando ele se apresenta para quem não crê,
Não haverá castigo, pois o semblante estupefacto do incrédulo,
Suscita uma condescendencia desmedida no criador emocionado.

O pior dos casos é quando crente descobre,
que ele mesmo criou o Deus.
Um cômodo devaneio.
Que autoriza terceirizar a responsabilidade,
Sem maldade, sem vontade, nem maior idade.
Tudo; porque Deus quis assim!
Procriando só para fazer sexo sem pecar.
Confiscando a mente.
Demente
Não sente.
Vida aparente.

Acredite.
Ainda que nao exista.
Insista.
Permaneça na lista.

14 março, 2012

M0n1c@

E meio a tanta vida falsa...
Um sorriso destoa.
Quase à toa.
Sem dar conta ela insiste em ser criança.
alegra nossa lembrança.
Será tesoura, papel ou pedra?
Talvez apenas uma alegria,
que não tropeça,
ninguém corta,
e falta papel para enrolar.
Quase esqueci o joelho que doía, dói.
Me remói e corrói.
Parado.
Mas sonhando acordado.

12 fevereiro, 2012

Ui Tinei Riustom

Um intervalo na loucura,
Me dá fôlego para viver, novamente.
A TV zapeada empresta movimento à vida estagnada pela rotina.
Fere o corpo inquilino, residente na alma inquieta.
Rouba espaço da mente complacente.
Nem alegoria de Carnaval me contamina.
Whitney, achei que voce  sempre iria me amar.
Justo eu, seu leal "backing vocalist" anonimo.
Resta apenas desassossego.
Que drena sangue como morcego. 

06 janeiro, 2012

Tempo de ser feliz

Viver feliz é não perceber o passar do tempo.
Encenar felicidade é apenas desperdiçá-lo.