15 novembro, 2012

TRANSFORMudança

Exótica, ruiva, com sardas e de maria-chiquinha, meu segundo ano escolar já me ensinava a primeira lição: paixão. No recreio a distancia compulsória entre as carteiras diminuia. Aos quatorze, já queria muito uma mulher, a mais bonita. Só acalentei o querer com o matrimonio, treze anos depois. Aos vinte e poucos bastava uma ninfomaníaca no trabalho. Aos trinta e cinco uma melancólica intelectual paralisa meu raciocínio e intercepta meu destino oficial. Aos quarenta uma boa transa é suficiente. Sem ternura. Hoje, basta um olhar, não predador, que me enxergue nesta selva social, já é pouco de paixão nesta loucura.

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