27 agosto, 2006

Coexistence

A human being is a part of the whole that we call the universe, a part limited in time and space. He experiences himself, his thoughts and feelings, as something separated from the rest - a kind of optical illusion of his consciousness.
This illusion is a prison for us, restricting us to our personal desires and to affection for only the few people nearest us. Our task must be to free ourselves from this prison by widening our circle of compassion to embrace all living beings and all of nature.

O ser humano e' uma parte de um todo que chamamos universo, uma parte limitada no tempo e no espaco. Ele experimenta a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos, como algo separado do resto - numa especie de ilusao otica da sua consciencia.
Esta ilusao e' uma prisao, nos restringindo aos nossos desejos pessoais e e afetando apenas poucas pessoas a nossa volta. Nossa tarefa deveser nos libertar desta prisao, aumentando nosso circulo de compaixao para atingir todos os seres e tudo na natureza.

Albert Einstein

http://www.coexistence.art.museum/coex/works/Shigeo_Fukuda.htm

20 agosto, 2006

Mente Inquieta

Às vezes duvido se
uma vida calma e tranquila
teria sido conveniente para mim - e no entanto
Às vezes anseio por isso.

[Lord Byron 1788-1824]

19 agosto, 2006

Desencontro anunciado

Novamente aquele nó na garganta,
onde todo o entorno desaparece,
aniquilado pela surpresa que perturba a mente.
Como?!?!
Depois de muito tempo sem experimentar a frustração anunciada,
eu me deixei seduzir?

Meu equivoco.

Ninguém pode dar o que não tem.
Numa sacola cheia de tristeza, desrespeito, melancolia, e egoísmo,
ainda que o pacote seja embrulhado em papel dourado,
o conteúdo esperado não pode ser diferente do existente na sacola.

Quando as moedas de troca na vida são muito diferentes,
não existe conversão cambial justa,
e sempre haverá especulação emocional.

Interessante desafio lançado para as mulheres:
Removido o púbis, seria a mulher capaz de,
apenas com os recursos remanescentes,
encantar algum homem?

Lei básica da natureza animal do homem:
o instinto e o desejo masculino,
servem de suporte para manipulação feminina.

Mas como dizem os mais privilegiados:
Vamos seguindo, pois a fila precisa andar.

Afinal,
é preciso motivação para experimentar outros seres humanos,
pois a fila andando,
seguindo um processo estocástico, mágico e natural,
aumenta a possibilidade de acerto.

Não se deve querer transmutar o outro,
apenas para poder confortavelmente perpetuar nossa passividade.

Nem se deve julgar.
Porque na grande maioria das vezes,
embora o outro esteja ajustado,
na configuração máxima de desempenho humano,
fica muito aquém da nosso limite mínimo de necessidade básica.
E neste instante fica então materializado,
o grande desencontro no relacionamento humano.
Com uma forte tendência de aumentar o hiato exponencialmente.

Somente se consegue ser o que se é, ...sendo.
Jamais se consegue ser apenas querendo.

Agora, que faço eu na vida sem a sensação que você causou?
Já que não aprendi a esquecer a sensação...

Quero apenas o impossível:
Reviver a lembrança de ser feliz.
Que certamente não consigo somente imitando a coreografia,
com o mesmo corpo de baile!

O presente sempre será uma reconfiguração do passado,
com agravante de possuir entropia inexoravelmente maior!

Então resta apenas construir novas sensações hoje,
para no futuro sentir saudade do passado.
Cumprindo rigorosamente o encantamento sem sentido da vida.
Buscando a feliz sensação de juntar cromossomas.

Sempre, ser feliz será momentâneo, rápido e fugaz.
Ser feliz é como um orgasmo mental sem estimulo físico-sexual.
Sentir feliz talvez seja mais duradouro.

Perdoai porque você não sabe o que eles tentam fazer,
Alem de que, não o fazem pensando só em você.

Nada importante,
apenas mais repeteco da estória do Sapo e o Escorpião...


[mlfb]

11 agosto, 2006

No Bar Original

Depois de um chopp com amigos na pizzaria eu arrisquei um chopp comigo mesmo. Apenas eu.
Observando e percebendo o mundo e o universo.
Vejo amigos em efusiva fraternidade.
Na verdade e apenas a satisfação de outro nos reconhecer dando sinais de nossa existência.
Não podemos ser alguém sem o outro para garantir que não somos apenas um observador isolado.
A garota sorri convidativamente porque esta protegida pelo namorado. Sozinha, este olhar traduziria disponibilidade.
O garçon sempre servindo sem questionar o "porque", apenas "o que".
Televisão ligada sem som, mostra imagens de um mundo que banaliza a violência, a confusão, o cotidiano.
Dois amigos parecem entretidos na conversa sobre o futuro esperado que não vem.
Outra mesa discute relacionamento sem profundidade apenas na medida suficiente para que o recado seja entendido e respondido com uma atitude de aceitação.
Chega minha empada de camarão.
Muito gostosa , quase anula minha possibilidade de flertar com uma falsa garota no balcão.
Mais um chopp e continuo observando, o processo encantado de ser humano de maneira desumana.
A TV sem volume, da instrução de como ser desejada, e como ser cobiçado, eleito.
Mescla com uma falsa esperança para as crianças que não podem comer, ler .
Mas que são resgatados pela culpa induzida, e pelo índice de audiência em nome do coração.

Este vomito verbal também foi induzido, acho que falta uma femea para diluir o racional e balizar o instinto sem dar tempo para a intelecção competitiva.
Instinto amordaçado e desfigurado.
O casal de namorados continua sem se tocar.
Amanha ele contara uma estória de sedução e ela falara sobre o lugar que foi levada.
Me enganei, pois agora ela mostra compaixão em um beijo coreográfico e sem frustrar expectativa.

Existe alguém verdadeiro neste bar?
Todos somos arremedos de personagens do nosso roteiro de vida.
Meu celular continua mudo, prova inequívoca que o mundo existe e funciona não obstante minha pretensiosa contribuição.
A moça feia recebe um mimo do garçon e tenta exibir a falsa popularidade para a incauta amiga.
Assim, todos encenamos a peca "Bar Original".
Todos tentando fugir da realidade, de ser sem sentido, dispensável, e absolutamente insignificante.
Cansei de escrever.
Todos fumam.
Alguém fala de tecnologia.
Um olhar de suplica.
Quero ir embora!!!
(Eu não sou daqui eu sou da Bahia!)
Começo a transição de observador para ator.
Não consigo mais sobreviver a leviandade da musa com o namorado.
Enquanto ele levanta da mesa, ela me lança um ultimo olhar exterminador, porem aceptico.
Agora também vou embora
Vou transcrever meus sentimentos, usando o blog como interlocutor.
O falso orgulho de ser observado pelo ator.

[mlfb]