Hoje sou mais uma transição.
O Sol já se enfadou dos meus amanheceres.
Tenho filhos, amigos, amores, inimigos e dissabores.
Todos cúmplices em nossa tournée espacial compulsória.
Deslizamos, aprisionados nesta rocha,
uma capitania hereditária na terceira órbita solar.
Quem sabe um vôo suborbital subverta o destino.
Viajar é preciso.
Viver não é preciso.
Um presente chega em dez dias.
De para-quedas e retro-foguetes.
Aterrissando muita Curiosidade,
na quarta rocha do sistema solar.
No meu corpo marcado pelas coreografias de imitação da vida,
persiste a rebeldia inquieta e arredia à mesmice do cotidiano.
Mais aprendizado.
Mais um ano.
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