28 outubro, 2008

Flerte Virtual

Ela canta , me encanta.
Aparece sorrateira.
Conversa coloquial,
As vezes banal.
Num instante, parece tao digitalmente próxima,
Que a sedução me inebria.
Percebo um arremedo de flerte virtual,
com os perigosos vicios do mundo real.
Inevitável seria fitar as pupilas,
buscando reciprocidade no afeto.
Como isto não ocorre,
despencamos em queda livre,
Num aconchego verbal melindroso.
Exercício precário do instinto.
Desejo desarmado,
enclausurado e protegido pela distancia.
Aguardando sempre o momento preciso,
de ser incontrolável, genuíno e vital.


[mlfb]

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