22 fevereiro, 2011

Sacerdotisa

Despertei antes de acordar.
Estava completamente enfelicidado.
Sono entorpecido pela noite de paz,
Antecedida por séculos de guerra.
Água na banheira mescla nossos corpos.
Café com leite.
Que parte minha tateio em você? Nunca sei.
Deite.
Olhares de cumplicidade e descompromisso,
Percorrem um interminável domingo de férias.
Nas veredas do teu dorso,
um destino sem chegada.
Nos meus braços tua vontade.
Na tua boca um afago.
Um carinho.
Um jorro indômito.
Deixa vestígios de felicidade clandestina.

Voa pássaro rebelde à espreita do amor divino.
Ultrapassando atmosfera,
em metamorfose compulsória.
Sufoca, e se desespera.

Amar sem culpa, nem multa.
Sem medo.
Sem apego.
Urgente.
Num átimo de segundo.
Numa ode complacente.

Teimosia insiste em não querer.
Persistência arriscando a vida, até morrer.

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