30 outubro, 2010

Manhã nublada

Coração esfacelado,
Me obriga mentir,
para entender o verdadeiro.
Velório sem corpo.
Um desabamento emocional,
cria emergência na convivência.
Vida compartilhada engolida por cratera faminta.
A solidão irrompe veias e irriga pensamento.
Sinapse diluída em vento.
Solitária sensação de vida.
Onde metade parece o todo.
Saudade escurecendo amanhecer.
Frio, cinzento e rabugento.
Peço socorro no balcão da padaria.
Vem um café amargo.
Capto um olhar alegre, um sorriso indeciso.
Nossa conversa coloquial cria alento.
Então, migalhas se vão como vento.

[mlfb]

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