Fragmentos de textos interessantes de autores renomados e também de minha autoria, depositados aqui ao invés de entupir a caixa postal dos amigos.
30 dezembro, 2008
21 dezembro, 2008
Êxtase
Mãos entrelaçadas, corpos retorcidos,
fluindo pelas veredas do êxtase.
Sem coreografia ensaiada,
apenas gemidos improvisados.
Entranhas que sussurram,
úmidas e lascivas,
vertendo gênese animal,
impondo instinto sobre racional.
Dando sentido a melancolia da vida civilizada.
Agora, respiração ofegante,
e membros esfolados
pela terna e amistosa contenda
de espasmos neurais,
com dormência mental,
e apetite cerebral saciado.
Enfim uma surpresa emocional....
[mlfb]
fluindo pelas veredas do êxtase.
Sem coreografia ensaiada,
apenas gemidos improvisados.
Entranhas que sussurram,
úmidas e lascivas,
vertendo gênese animal,
impondo instinto sobre racional.
Dando sentido a melancolia da vida civilizada.
Agora, respiração ofegante,
e membros esfolados
pela terna e amistosa contenda
de espasmos neurais,
com dormência mental,
e apetite cerebral saciado.
Enfim uma surpresa emocional....
[mlfb]
20 dezembro, 2008
Vidas de aluguel
Anseio por outra vida temporariamente.
A compra do ingresso garante meu transporte imaginário: Sentir sem arriscar!
A cada sessão de cinema, a experiência emocional sem o ônus vivencial.
Temos ainda a garantia de experimentação transitória, voltando sempre ao personagem real.
Após um filme dirigido pelos irmãos Coen (Queime depois de ler) os fantasmas emergem, mas rapidamente a realidade os dissipa de maneira perniciosa.
Converso com estranhos para certificar minha existência alem da tela.
A vida é rápida e faz do tempo uma brincadeira fugaz e incerta o suficiente para nos manter apenas curiosamente surpresos.
Nada garante o futuro com certeza absoluta.
Fico atordoado, mas ainda com enorme desejo de apostar no próximo instante.
Não é preciso empenho para estar vivo ou morto. Difícil é sobreviver...
Sobreviver é uma questão de esforço continuo para aumentar a probabilidade numa direção privilegiada dentre numerosas outras possíveis soluções.
Mas às vezes uma emboscada afortunada nos congela as entranhas:
Fluxo intenso de adrenalina, num átimo de paralisia que parece secular.
Em ritmo crescente o pulsante batuque cardíaco se alastra corpo afora.
O instinto aniquila a racionalidade por segundos, e rastreia possibilidades de êxito.
Aturdido, me defendo (de que!?) e disparo a metralhadora verbal.
Numa seqüência de rajadas eloqüentes e sufocantes.
Logo o arrependimento emerge.
E a cena já consumada, aguarda pacientemente o próximo movimento.
Parado.
[mlfb]
A compra do ingresso garante meu transporte imaginário: Sentir sem arriscar!
A cada sessão de cinema, a experiência emocional sem o ônus vivencial.
Temos ainda a garantia de experimentação transitória, voltando sempre ao personagem real.
Após um filme dirigido pelos irmãos Coen (Queime depois de ler) os fantasmas emergem, mas rapidamente a realidade os dissipa de maneira perniciosa.
Converso com estranhos para certificar minha existência alem da tela.
A vida é rápida e faz do tempo uma brincadeira fugaz e incerta o suficiente para nos manter apenas curiosamente surpresos.
Nada garante o futuro com certeza absoluta.
Fico atordoado, mas ainda com enorme desejo de apostar no próximo instante.
Não é preciso empenho para estar vivo ou morto. Difícil é sobreviver...
Sobreviver é uma questão de esforço continuo para aumentar a probabilidade numa direção privilegiada dentre numerosas outras possíveis soluções.
Mas às vezes uma emboscada afortunada nos congela as entranhas:
Fluxo intenso de adrenalina, num átimo de paralisia que parece secular.
Em ritmo crescente o pulsante batuque cardíaco se alastra corpo afora.
O instinto aniquila a racionalidade por segundos, e rastreia possibilidades de êxito.
Aturdido, me defendo (de que!?) e disparo a metralhadora verbal.
Numa seqüência de rajadas eloqüentes e sufocantes.
Logo o arrependimento emerge.
E a cena já consumada, aguarda pacientemente o próximo movimento.
Parado.
[mlfb]
14 dezembro, 2008
09 dezembro, 2008
Trânsito, Realidade & Emoção
Trânsito sufoca e desnorteia.
Todos os caminhos ficam congelados e sem rumo no tempo-espaço.
No apartamento, um rosto aprisionado pela fotografia, me encara, com olhar insólito, esboçando um ligeiro cumprimento, ainda que confinado ao porta-retratos.
A foto me faz pensar na lembrança do que já não é mais.
O silencio denuncia a falta de vínculos.
Da televisão vem uma saraivada de tiros que quase atingem meu cérebro. Poderia ter ficado desmiolado!!!
O controle remoto não só me salva, mas também me remete a remissão dos pecados, acompanhando uma infindável prece de fé calorosa, louvor ao dízimo no bolso do bispo.
Agora são as noticias no telejornal: cresce o numero de mortos no acidente não sei onde, causado por não sei quem...
Entediado pela realidade, ligo outro aparato eletrônico e me deleito com musica para inebriar a imaginação.
Sinto o tempo passar pelas frestas da mente e balançar o corpo combalido.
Meu olhar busca vestígios latentes de imagens revitalizadoras.
Mas experimento o silencio, sem estar surdo,
Permaneço mudo pela falta de interlocutor.
A catarse escraviza e me algema à solidão.
Meus livros se mantêm calados e imóveis nas prateleiras da estante, como estivessem proibidos de praticar a disseminação do seu conteúdo.
Fui interrompido por um “bip” informando que um amigo distante sentou-se à frente de um computador e acaba de dizer "OLA!" remotamente...
Realidade Virtual, engodo emocional.
[mlfb]
Todos os caminhos ficam congelados e sem rumo no tempo-espaço.
No apartamento, um rosto aprisionado pela fotografia, me encara, com olhar insólito, esboçando um ligeiro cumprimento, ainda que confinado ao porta-retratos.
A foto me faz pensar na lembrança do que já não é mais.
O silencio denuncia a falta de vínculos.
Da televisão vem uma saraivada de tiros que quase atingem meu cérebro. Poderia ter ficado desmiolado!!!
O controle remoto não só me salva, mas também me remete a remissão dos pecados, acompanhando uma infindável prece de fé calorosa, louvor ao dízimo no bolso do bispo.
Agora são as noticias no telejornal: cresce o numero de mortos no acidente não sei onde, causado por não sei quem...
Entediado pela realidade, ligo outro aparato eletrônico e me deleito com musica para inebriar a imaginação.
Sinto o tempo passar pelas frestas da mente e balançar o corpo combalido.
Meu olhar busca vestígios latentes de imagens revitalizadoras.
Mas experimento o silencio, sem estar surdo,
Permaneço mudo pela falta de interlocutor.
A catarse escraviza e me algema à solidão.
Meus livros se mantêm calados e imóveis nas prateleiras da estante, como estivessem proibidos de praticar a disseminação do seu conteúdo.
Fui interrompido por um “bip” informando que um amigo distante sentou-se à frente de um computador e acaba de dizer "OLA!" remotamente...
Realidade Virtual, engodo emocional.
[mlfb]
05 dezembro, 2008
04 dezembro, 2008
Musical Day
Depois de ver Marcus Santurys durante almoço no Thai.
A noite fui assistir o Stanley Jordan no Bourbon.
Vontade de ter aprendido a tocar um instrumento musical...
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