Mais um final de tarde rotineiro.
Saio mais cedo para pegar o óculos que me fará enxergar melhor de perto.
Importante, para o momento que antecede o beijo...
No transito aparece uma surpreendente senhora motorista,
que emparelha e parece animada em fazer o percurso rapidamente.
Mas no semáforo ela esbraveja e diz que sou velho e grosseiro.
Eu tento explicar que não sou velho.Estou velho...e que andar de carro na rua, pressupõe saber conduzi-lo.
Ela insiste dizendo que dirijo bem não só pela experiência acumulada durante séculos, mas também como forma grosseira de me exibir para compensar a senilidade...
Eu não resisto.
Concordo.
Parodiando Sir Winston Churchill (em resposta 'a Lady Astor) disparo:
- Como quem e' (ou pensa ser) jovem com "classe" não precisa se exibir... e mau motorista também não consegue se exibir. Devo inferir então, que o único motivo do seu "ataque de nervos" e' compensar sua escassez genética de atrativos femininos fundamentais.
Ela definha, mas logo ressuscita aos berros, e distraídamente solta o pedal do freio, batendo no carro da frente.
Dou risada, acelero lentamente e aceno levemente a cabeça - repleta de cabelos brancos...
Melhor deixar o carro em casa, e andar no parque.
A caminho do Parque acontece uma 'tragédia urbana'.
Um incauto fumante arremessa o toco de cigarro.
A arvore penalizada ao ver seu primo 'Tabaco' em chamas, tenta apaga-lo.
Só podia acabar com muita fumaça no canteiro central !!!
O departamento viário desvia o transito da artéria, em virtude do potencial 'desabamento'.
Dezenas de viaturas escondidas do transito, aparecem subitamente.
Os Marronzinhos se esforçam para colocar em pratica o aprendizado clandestino dos seriados americanos.
Muita bagunça, muita sirene, muito policial atrapalhado...enfim uma comédia!!!.
Andando, os pensamentos me dispensam de viver.
Crio um novo diagrama para meu próximo trabalho.
Invento uma analogia para certificado digital.
Melhoro meu modelo simplificado de entender relatividade geral.
Desenvolvo o conceito inovador de localmente relevante.
Passaram-se seis kilometros...
Na volta, vejo a Jaqueline da frutaria.
Encontro de rotina que interrompe a minha jornada esquizofrenica.
Conversa solta, sem rumo e sem meta linguagem.
Truncada a cada novo cliente que entra.
Enquanto isso um potente eletrodoméstico desintegra algumas frutas.
Nectar deliciosamente caro, que substitui o jantar.
Um amigo me chama do outro lado da rua, para falar tudo sobre nada.
Chega de observar.
Saio de cena em direção aos bastidores (meu apartamento).
Penso em descansar e preparar o script para amanhã.
Mas o habito me obriga a ligar a maquina de substituição temporária de identidade,
Usando o controle remoto passo de piloto de carro a musico (pareceu melhor).
O telefone toca e me faz saltar novamente para a identidade predominante...
Foi engano!!!
[mlfb]
Um comentário:
Hi, Mr. Particle Adventure! hehehe
This name reminds me you...
Well, my blog has something new, taken from your maganize. Check it out! You'll like it.
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