A noite penetra minha janela.
Inalo a escuridão apenas para sobreviver.
Lá fora em cada luminária acesa,
a esperança de não deixar anoitecer.
Seguindo a habitual romaria, que enlaça os fatos da vida sem sentido.
Minha angústia, acolhida pela solidão, causa desamparo.
O coração reclama, acelera, treme, rateia, e até palpita,
enlouquece os cardiologistas,
refletindo o cotidiano caótico que me assola.
Seu sorriso estanca tudo.
Seu beijo dissolve meu pensamento.
Seu abraço dribla o distanciamento.
Nosso entrelaço corrompe o espaço-tempo.
Um big-bang emocional.
Um convívio inexorável.
Numa premiada jornada de vida radical.
Mas quem disse que haveria languidez ?
Na terapia tudo é sensatez...
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