17 junho, 2013

A cor vadia

Bege-creme.
 Multidões transformando o país. E eu aqui assistindo inerte a TV. Incapaz de transformar a mim. cinco, dez, mil, dez mil, trinta mil... Exponencial. Eu perco este momento didático. Confio na planilha do Excel, Validando um negócio marron-glacê. Me falta pertinência. Percebo, mas continuo sentado. Sem atitude. Só catarse.
 A metamorfose evoluindo. Eu ainda disforme, conforme. Covarde, fingindo atitude intelectual. A tarifa é gota d'água que transborda. Parida pela enxurrada corrupta. Escoa, na boa. Nascente de suor compulsório. E eu aqui, com esta escrita barata, que não mata e nem desata.
 A passeata confirma que o transito rotineiro, não passa de uma manada desgovernada. Fingindo ir fazer.
 Como será o próximo passo?
 Enquanto isso eu, Alien, Alienado, pensando em espaço sideral, em meio a um conflito federal, indolente. indo lentamente. ausente, demente.
Sem direito de ser gente.
 Levanto, com ar de atitude...e desligo a TV.

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