19 junho, 2010

Traição

Eu confesso minha traição.
Ao contrario do que circula de boca em boca, não foi ao penetra-la.
Começou dividindo a caipirinha de vodka, no jantar da turma.
Compartilhando o mesmo olhar, na despedida.
Ensaiando velejar, na Ilhabela.
Tomando sorrateiros cafézinhos, sem açucar, mas com afeto.
Ela entra por uma nesga de vida.
Minha esposa desaprovou a substituição,
apenas, porque perdia a melhor amiga.
Traí meu eu, para poder pensar ser seu.

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