03 abril, 2010

Fluir espaço-tempo

Na estrada deslizamos sob vigia eletrônica,
A catarse da velocidade transporta alma, que não tenho.
Meus sonhos viajam na lentidão dos horizontes onde emergem novas vidas.
À margem, pastando livre, o gado suporta a engorda fatal.
Ao volante, ela dirige nossas vidas.
Contamos estórias de amores passados...alguns não resolvidos.
Outro radar tirano nos impõe ritmo mais ameno.
Corpo e carga são obrigados a existir lentamente.
A paisagem penetra a noite pelos caminhos livres.
Agito um futuro sem pressa de acontecer.
Sem medo é mais ameno.
Sem culpa parece mais leve.
Ser quem eu imagino ser; incorporado de quem sou.
[mlfb]

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