Fim de semana chegou.
Uma exposição de esculturas preenche minha tarde de sábado no parque...
Talvez um pretexto plausível para interromper a caminhada entediante.
O acervo me surpreende, me sinto absolutamente a vontade...
As esculturas do Grupo ETSEDRON me inebriam...
Poderia ser uma delas como parte da intervenção.
Enquanto observo e divago, me confundo com a obra.
O cosmo abstrato é um reduto menos ofensivo que o mundo lá fora.
No dia seguinte outra exposição, desta vez científica.
Sobre uma espécie de geleia em formato de couve.
Pesando mil e quatrocentas gramas, geralmente protegida por um capacete de cálcio.
Fico frente a frente com o orgão que nos escraviza.
Dissecado, estudado, e mapeado por séculos.
No fundo não passa de uma torrente elétrica que centelha sinapses sem parar.
Movimenta esta mão e produz um emaranhado que será decodificado por outro cérebro.
Vontade de uma mente visitar outra.
Sinto que teria que me dissecar para conhecer os mistérios dos meus neurônios...
Entretanto meu instinto de auto-preservação me protege desta autopsia.
Ironicamente meus neurônios aprendem a conviver com esta frustração.
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