Embora reinvente as idéias a todo instante
Percebo um presença insistente arrolada no meu pensamento.
Ela emerge fulminante e compulsória, à minha revelia.
Eu fico sempre vulnerável ao primeiro sinal de desejo.
Os planos para futuro são escassos, no mundo real.
O afago sinestésico deixa marcas indeléveis na alma.
Carinhos e pupilas dilatadas nos condenam e revelam um affair quase virtual.
Num abraço onde sempre falta coragem para soltar.
Ficamos constrangedoramente emaranhados.
Na troca de olhares que denuncia a desconcertante surpresa do inviável, ser possível.
O compromisso de amor oficial dela, nos sufoca e intercepta o conluio visceral.
Ela não sabe ser borboleta, e continua larva rastejante.
Contida no casulo adormecido, com segurança habitual.
Hesitamos.
Escassez de coragem para romper a singularidade de existir,
alem do sabor de um beijo impregnado no córtex.
Mais que isso! Viabilizar o improvável.
Depois cada um segue inconteste seu(m) rumo, economizando felicidade:
Almejando uma vida comum sem direito a plenitude.
Somente flashes de encontros sorrateiros e fugazes.
[mlfb]
Um comentário:
Adorei Belém!
Essa poesia poderia seguramente ser proferida por qualquer pessoa do sexo masculino!!! Depois dizem é que as mulheres que são todas iguais heim... rsrsrsr ... beijo
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