06 junho, 2009

Sensações Clandestinas (ECOfelicidade)

Embora reinvente as idéias a todo instante
Percebo um presença insistente arrolada no meu pensamento.
Ela emerge fulminante e compulsória, à minha revelia.
Eu fico sempre vulnerável ao primeiro sinal de desejo.

Os planos para futuro são escassos, no mundo real.
O afago sinestésico deixa marcas indeléveis na alma.
Carinhos e pupilas dilatadas nos condenam e revelam um affair quase virtual.

Num abraço onde sempre falta coragem para soltar.
Ficamos constrangedoramente emaranhados.
Na troca de olhares que denuncia a desconcertante surpresa do inviável, ser possível.

O compromisso de amor oficial dela, nos sufoca e intercepta o conluio visceral.
Ela não sabe ser borboleta, e continua larva rastejante.
Contida no casulo adormecido, com segurança habitual.

Hesitamos.
Escassez de coragem para romper a singularidade de existir,
alem do sabor de um beijo impregnado no córtex.
Mais que isso! Viabilizar o improvável.

Depois cada um segue inconteste seu(m) rumo, economizando felicidade:
Almejando uma vida comum sem direito a plenitude.
Somente flashes de encontros sorrateiros e fugazes.

[mlfb]

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei Belém!
Essa poesia poderia seguramente ser proferida por qualquer pessoa do sexo masculino!!! Depois dizem é que as mulheres que são todas iguais heim... rsrsrsr ... beijo