Me espanta esta manada humana.
Sentada indolente e afoita no carrossel sideral.
Um conglomerado de proteínas organizadas e retorcidas.
Perseverantes em criar sentido para uma vida enlouquecida,
e tonta de tanto rodopiar, sem parar.
Nesta busca desmedida de entendimento,
daquilo que é só pensamento.
Penso sobre o que penso,
Valendo me do encéfalo, que penso que pensa.
Preciso dispensar este pensamento,
"despensar" este momento.
Percorrer um mantra meditativo.
Entoando sóbrio, sem pesar e vegetativo.
Fragmentos de textos interessantes de autores renomados e também de minha autoria, depositados aqui ao invés de entupir a caixa postal dos amigos.
27 março, 2011
14 março, 2011
Escombros
Minha leitura segue lenta, em Seis Passos.
Copo d'agua na cabeceira para irrigar os sonhos,
Óleo relaxante para massagear o ego,
escova de dente, sem tua boca para beijar.
desodorante feminino.
E na pia do banheiro,
piranha de cabelo que não morde,
mas abocanha com saudade.
No ar, uma teimosa veneração pela vivencia solitária.
Na mesa, um envelope intacto com minhas entrevistas.
Na conversa, uma proposta:
de-morar juntos...
Sem resposta.
Uma relação sem planos,
mesmo assim perdura anos.
Copo d'agua na cabeceira para irrigar os sonhos,
Óleo relaxante para massagear o ego,
escova de dente, sem tua boca para beijar.
desodorante feminino.
E na pia do banheiro,
piranha de cabelo que não morde,
mas abocanha com saudade.
No ar, uma teimosa veneração pela vivencia solitária.
Na mesa, um envelope intacto com minhas entrevistas.
Na conversa, uma proposta:
de-morar juntos...
Sem resposta.
Uma relação sem planos,
mesmo assim perdura anos.
10 março, 2011
Compartilhando
Vida que vai me esculpindo em cada encontro.
E cada conversa vai tingindo colorido com palavras.
Fatos que me experimentam como cobaia desprotegida.
Emoções que desconstroem meu arcabouço cartesiano.
E confundem o futuro que me norteia.
Espalho minha alma em cerebro alheio.
A cada semeada,
sou menos em mim, e mais nos outros.
Uma simbiose sem fim.
Sem crepúsculo para meditar.
Só alegria e tristeza para compartilhar.
E cada conversa vai tingindo colorido com palavras.
Fatos que me experimentam como cobaia desprotegida.
Emoções que desconstroem meu arcabouço cartesiano.
E confundem o futuro que me norteia.
Espalho minha alma em cerebro alheio.
A cada semeada,
sou menos em mim, e mais nos outros.
Uma simbiose sem fim.
Sem crepúsculo para meditar.
Só alegria e tristeza para compartilhar.
02 março, 2011
Engodos Matinais
Me deparo com minha versão levógera no espelho do banheiro.
De perto, desperto sem saber que dia é hoje.
Na pia, um gesto singelo: a escova de dentes já abastecida.
Com certeza ela quer me agradar...
Procuro-a em vão.
Encontro apenas um doce aroma perfumado,
que entremeia a cartesiana monotonia dos azulejos brancos,
enfileirados lado a lado, suportando o teto embolorado.
Reconheco tudo, menos em que dia estou.
Parece segunda-feira pela manhã, com cara de sexta-feira à tarde.
Da cozinha, uma voz de familiar me surpreende:
- Amor!! vamos logo que hoje é quarta-feira, é meu rodízio,
e já deixei tudo pronto, para voce não me atrasar...
De perto, desperto sem saber que dia é hoje.
Na pia, um gesto singelo: a escova de dentes já abastecida.
Com certeza ela quer me agradar...
Procuro-a em vão.
Encontro apenas um doce aroma perfumado,
que entremeia a cartesiana monotonia dos azulejos brancos,
enfileirados lado a lado, suportando o teto embolorado.
Reconheco tudo, menos em que dia estou.
Parece segunda-feira pela manhã, com cara de sexta-feira à tarde.
Da cozinha, uma voz de familiar me surpreende:
- Amor!! vamos logo que hoje é quarta-feira, é meu rodízio,
e já deixei tudo pronto, para voce não me atrasar...
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