Sigo a trilha lentamente.
Nela percebo movimento da brisa ao redor de cada galho.
Na cachoeira, um escorregão traz a tona medos privados.
Boca seca, afogada pelo desejo.
Fora da mata, o imaginário sempre em descompasso com o real.
Aparecem anseios fantasiados de vontades,
e coreografias transfigurando o ofício de viver.
Amanhecemos, consumados.
Meu corpo jaz arrepiado pelos teus resíduos.
A pulsação cadenciada, fica tímida e se esvai.
Sofregamente o suor gelado esfria nossa alma.
Fica apenas a vontade de ter desejo.
[mlfb]