Num momento sem sentido,
Um sorriso me atravessa desprevenido.
Tento amenizar o distúrbio desconfortável, e peço mais uma bebida, em vão...
Aquela agulha humana no palheiro de gente padronizada.
Sorriso implacavelmente maravilhoso.
Não deixa espaço para reclamação.
Não acredito!
Ela dispara a minha impetuosidade quase juvenil, e considerada adormecida.
Agora me aproximo tanto,
Que sinto até o calor da alma.
Estranhamente ela ouve o meu olhar.
E comete um novo e melancólico sorriso,
Que resgata nossa existência.
Entre uma foto e outra,
Acaba aparecendo um pedaço da alma,
Timidamente leve.
Enfim, dá vontade de tomar sorvete,
E congelar o "instante fugidio",
Sem perder os sentidos.
Apenas viver a plenitude no intervalo.
Quase sem respirar, para não estragar a vida.
[mlfb]