Viver tem uma regra muito esquisita:
Quem não procura, acha. Só porque não sabia que estava procurando.Ao contrário, quando a procura é implacável , atropela o acaso e mata o processo divino da natureza...
Para Siham, uma singela punção na vida.
Fragmentos de textos interessantes de autores renomados e também de minha autoria, depositados aqui ao invés de entupir a caixa postal dos amigos.
Viver tem uma regra muito esquisita:
Quem não procura, acha. Só porque não sabia que estava procurando.No presente fustigado de lembranças futuras,
Em meio à névoa remexida, o ser se debate.
Uma paixão sem temor, perfura e vacila,
Aprisionado, hesito pelo caminho..
Te vejo persistir, fugindo do destino que te persegue,
Nas entranhas, inebriada, dançando uma valsa.
Paixões são implacáveis, como um mar embriagado,
Consequências caras, mas repletas de sentido.
Catarse coletiva, onde corações se desfazem,
E alma desnuda diante da tempestade,
Em cada suspiro, um eco de tempos idos,
Num eterno retorno, onde o passado se funde ao agora.
Mergulho nas profundezas de ser,
Onde cada lembrança é um fio conectado ao infinito.
Divagando entre múltiplas vozes,
Como um reflexo de nossa própria busca incessante.
Lá fora uma banda retoca jazz.
Sou alvejado por olhar sorrateiro,
num rosto de sorriso genuíno.
Chove dopamina.
Um pouco de vinho com sabor de monotonia,
quebrado pelos primeiros toques sutis.
Avalanche de miotomias,
Meu olfato perfura o neocórtex sem dó.
Nela, os mamilos eriçados evidenciam a hecatombe sensual.
Os corpos vão se experimentando com familiaridade surpreendente.
Quase uma arritmia fulminante.
Ela mia, lambuzada na ocitocina.
Cheiro de vida,
Percepção táctil plena.
Um devaneio.
Sem rodeio.
Com receio.
Do que não veio.
Que sufoco! Louco!
Ela canta.
Me encanta.
Mas vaporiza,
emudece,
e mimetiza.
Não cicatriza...
Quero minha cota de Alzheimer,
para esquecer o que cala,
a lembrança que me embala.
Nem mesmo a conversa descontraída consegue amenizar
a compulsão de um olhar entrelaçado.
O pensamento todo emaranhado.
A boca cobiçando outros lábios,
não disfarça o apego irracional,
numa tarde que escorreu pelos nossos corpos.
O táxi chegou.
O encontro furtivo se esvai pela ponta dos dedos,
que se afastam levemente.
A hesitante despedida
nos mantém clandestinos, enviesados,
retorcidos e embaraçados.
Talvez amedrontados...
Em meio a tanta pandemia, e depois de caminhar meus 10.000 metros diários, a passos de tartaruga, quis tomar minha segunda dose de esperança.
Quando tudo parecer perdido,
apenas um sussurro no teu ouvido, fará sentido.
Estarei morto sem ter morrido.
Ingredientes necessários para uma boa relação:
Respeito, confiança, transparência, e amor.
Um é alicerce para o outro.
Adicionar somente de forma natural,
Não invista tempo de vida impondo esta receita em toda relação.
Ao invés de cobrar compulsivamente,
dedique-se a retribuir verdadeiramente,
para quem faz isso de forma espontânea com você.
Facilita para todos!!
é Cafeína?
é Histamina?
é Feminina?
é Estamina?
A minha sina.
morrer na esquina,
sem tomar vacina.
é Estricnina.
Depois de cutucar meu coração com vara curta,
para consertar o desarranjo na cadência,
e colocar a vida em ritmo.
Com ajuda da ciência,
curar a ferida.
Reconexão indevida.
Removida.
Deu vontade de tomar sorvete no Mirante,
com acompanhante.
Sabor Amaranto.
Sem querer,
amar tanto.
Me encanto,
no meu canto.
Acalanto.
Enfossado.
Desocupado.
Afogado.
Combalido.
Engessado,
Mas interessado.
Conversa à deriva,
vai se recheando de sorrisos,
casos e descasos.
Há indícios de redenção...
Ainda que o assunto seja relacionamento.
Estou sentado, mas ainda sem um chão.
De medusa a musa.
Entre uma onda e outra,
entre um surfista e o banhista.
Vou falando para preencher o intervalo vazio,
que sempre se instaura nessas horas de pouca sanidade,
com cheiro de felicidade.
Ela me cativou,
Alvejou,
Desatinou,
Encantou.
Mas volto para casa de carona.
Antes de cair na lona
Mesmo quando grito que te amo,
consigo apenas ser teu amo.
Oferecendo vestimenta de coadjuvante
para protagonista inebriante.
No lençol, rasgado selvagemente,
fica a fúria evidente desta paixão.
Respeito tua escolha racional,
uma gratidão sem emoção.
Vida resolvida.
Vida que segue.
Vida que revida.
A noite penetra minha janela.
Inalo a escuridão apenas para sobreviver.
Lá fora em cada luminária acesa,
a esperança de não deixar anoitecer.
Seguindo a habitual romaria, que enlaça os fatos da vida sem sentido.
Minha angústia, acolhida pela solidão, causa desamparo.
O coração reclama, acelera, treme, rateia, e até palpita,
enlouquece os cardiologistas,
refletindo o cotidiano caótico que me assola.
Seu sorriso estanca tudo.
Seu beijo dissolve meu pensamento.
Seu abraço dribla o distanciamento.
Nosso entrelaço corrompe o espaço-tempo.
Um big-bang emocional.
Um convívio inexorável.
Numa premiada jornada de vida radical.
Mas quem disse que haveria languidez ?
Na terapia tudo é sensatez...
A atração bioquímica é implacável, inegável e inevitável.
Resistiu dezenas de anos...
A amizade leal e indestrutível, também resistiu.
A musa idealizada é desnudada para dar espaço a mulher sem filtro.
O namorado indolente se transforma em homem plácido e confiante.
Em meio a verdadeiras palavras não ditas, mas pensadas nas entrelinhas, emerge uma nova relação de amor, que pode ser de companheirismo, parceria,
ou apenas amizade reformulada, fortalecida e genuína.
Entre o meu eu e o teu, fica o meu teu, comigo em você.
O hábito de namorar só no fim de semana, sobrecarrega e sufoca o restante da semana numa indesejável ausência.
Amantes desnudos, sem filtro em busca da plenitude sem aniquilação,
num futuro sem presente.
Estar para sempre com a essência,
Sem carência,
Só consciência.
Transformação bilateral,
com chamego incondicional.
Tua tristeza sufoca meu fôlego,
Aniquila nossa resenha.
Voce sem meu abraço, é descompasso.
Eu sem teu rabicho, apenas um bicho.
Nós sem conosco, um enrosco.
Prefiro meu corpo contorcido em convulsão,
minha mente apavorada, boca retorcida,
pele em carne viva e alma excomungada,
à fantasia de imaginar:
Os caminhos e descaminhos das tuas entranhas,
percorridos por outras mãos,
Teus prazeres insuflados por outras bocas,
Tua alegria infiltrada por outro alguém,
Um esbaforir de felicidade clandestina sem mim.
Que medos profundos me açoitam,
Que olhares roubam o meu viver
Que preces alimentam a minha fé
Você sem eu…
E ainda nem amanheceu...
Um mergulho em minhas profundas aguas turvas
Faço contato
Parece um baú cheio de falsos tesouros:
Um colar cheio de insegurança,
Um relógio com medo de frustração,
Um spray contra rejeição,
Uma pulseira com pavor de manipulação.
Mais no fundo vislumbro uma sereia
fazendo anoitecer nos abissais.
e apressando o contato
no ato
sofrer para fortalecer
amar para viver
meu nucleo está trincado,
adulterado,
remendado.
Agora são apenas cicatrizes
Volto a tona e me livro do baú.
mergulho revelador
exorcismo atroz
Me liberta e me guia
Para além da hesitação.
Inquietude aplacada,
Falta de coragem afogada.
Desperto estraçalhado. Faltando um pedaço...
Era você que já havia se levantado para viver.
Fico amedrontado,
Mas prevalece a coragem dos que não tem nada a perder.
Saio alquebrado, e sem destino,
Com dor e desatino.
Temendo amar tanto assim.
Fica um beijo confiscado em lábios selados.
Um abraço solto.
Um amor de perdição.
Um desarranjo sem muro,
Sem perspectiva no meu futuro.
Viceras expostas.
Morte em vida,
Outrora eu sonhava...
Agora todos os dias são marasmo.
Cheio de notícias repetidas,
e antigos protagonistas.
Mesclados na cadência de um eterno desajuste.
O mundo em catarse pandêmica me contamina.
Marte, parado me espera, enquanto ela se afasta
E se despede injuriada.
Sem consenso, sem lenço.
Isolamento social.
Agora distanciamento emocional.
Sem abraço, com orgulho, sem complacência.
O trem está partindo...também o meu coração.
Sai em busca de alento para nutrir os buracos da alma.
Sem futuro, em cima do muro,
Em catarse, eu coágulo...